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O corpo humano
O corpo humano

       O que se passar no corpo humano e no cerebro quando voçê se apaixona

(postado por Alaine Novais H.)


 

Entenda o que acontece quando estamos apaixonados.

Quem já não sentiu aquele friozinho na barriga, o coração batendo mais forte ou viveu um grande amor? Pensando nisso, a nossa Viagem Fantástica segue o caminho dos namorados neste domingo. Vamos entender tudo o que acontece no nosso corpo quando nós nos apaixonamos. Quem conta a história é o doutor Drauzio Varella.

Nesta viagem pelo corpo humano, começamos no útero de nossas mães, demos os primeiros passos, atingimos a puberdade, a adolescência e nos tornamos adultos.

Estamos ao redor dos 30 anos. É hora de ter filhos. Podemos pensar que a atração sexual seja um fenômeno físico ou social, mas boa parte dela depende da biologia. Usamos os olhos para escolher nossos parceiros, mas o olhar não é tudo. A atração depende do olfato.

Podemos encontrar o amor em qualquer lugar, até no trabalho. De repente, alguém nos parece muito mais interessante do que os outros. Os românticos dizem que estar apaixonado é um capricho do coração. Mas, na verdade, o segredo da paixão se acha guardado no interior, lá no fundo de nosso nariz.

No nariz, os nervos olfativos fazem mais do que reconhecer os cheiros dos ambientes. Sem percebermos, eles também detectam e analisam as características de uma substância química liberada junto com o suor das pessoas que nos cercam: os ferormônios.

Por incrível que pareça, os ferormônios carregam informações detalhadas sobre nossa genética, saúde e capacidade de resistir a doenças.

Na hora da paquera, o cérebro analisa esses sinais para nos ajudar a escolher a pessoa com os melhores genes, que aumentem as chances de sobrevivência dos filhos que estarão por vir.

Apaixonar-se é muito mais do que viver emoções intensas. A paixão é química. Quando avistamos a pessoa querida, liberamos adrenalina na circulação. Por trás de um olhar apaixonado, está sempre uma descarga de adrenalina. O coração bate descompassado. Perdemos o sono.

Na medida em que o namoro avança e nos arrebata, entra em cena a dopamina, um neurotransmissor que nos traz sensação de bem estar. A dopamina é tão potente quanto a cocaína. Ela nos leva à euforia e causa dependência. Queremos ficar cada vez mais perto da pessoa amada.

Mas a paixão não é um sentimento restrito ao coração: as maiores revoluções acontecem mesmo em nossos cérebros.

Você passa o dia inteiro sorrindo à toa, com o olhar perdido. Sua conta bancária pode estar no vermelho, e lá fora estar caindo o maior toró, que seu humor não muda. Só de pensar nele, já dá um frio na espinha, uma sensação de aconchego. Afinal, você sabe que quando chegar em casa, ele estará lindo e cheiroso te esperando para recepcioná-la com beijos e amassos. Não confunda: esse sentimento de que o mundo pode entrar em guerra e você nem se abala, não é amor. Se sua cabeça está nas nuvens e você conta as horas para vê-lo, você foi fisgada pela paixão.

 

A paixão desmedida não é apenas um sentimento intenso pelo outro. Ativada por inúmeros mecanismos cerebrais, ela é responsável por excessos, euforia e até crimes. A bióloga Ana Luisa Miranda-Vilela, uma estudiosa das pesquisas relacionadas à paixonite e suas causas, acredita que seus principais desencadeadores sejam fisiológicos. “Existem pesquisas que mostram o funcionamento do cérebro de pessoas apaixonadas. Neurocientistas detectaram, através de ressonância magnética, uma hiperatividade em áreas associadas à recompensa e ao prazer, ao mostrar a apaixonados fotos da pessoa amada. Estas áreas são as mesmas envolvidas com a dependência de drogas psicotrópicas”, conta. Tudo culpa do nosso sistema de recompensas, que, quando estimulado, produz uma sensação de bem-estar, aumentando o desejo de repetir tais sensações. Este sistema parece ser a estrutura central no desenvolvimento de dependências, seja em relação a drogas ou a exemplares do sexo oposto.

 

Em meio a reações químicas, algumas substâncias são as responsáveis por uma série de sensações arrebatadoras, que nos deixam, literalmente, ardendo de paixão. Os neurotransmissores, por exemplo, cumprem uma função indispensável na ativação do impulso sexual, transformando beijos e carícias em lubrificação vaginal e ereção peniana. “A feniletilamina, um dos mais simples neurotransmissores, é conhecida há cerca de cem anos pelos cientistas, mas só recentemente foi associada à paixão. Ela é uma molécula natural, semelhante à anfetamina, e suspeita-se que sua produção no cérebro possa ser desencadeada por eventos tão simples como uma troca de olhares ou um aperto de mãos”, descreve a bióloga. A descoberta foi realizada pelos médicos norte-americanos Donald F. Klein e Michael Lebowitz, a partir da sugestão de que o cérebro de uma pessoa apaixonada continha grandes quantidades do neurotransmissor. Não poderiam estar mais certos.

 

 

 

 

                                Diabetes

 

O que é diabetes

A diabetes é uma desordem no metabolismo - a forma pela qual o corpo usa a comida ingerida para energia e crescimento. A maioria da comida que as pessoas ingerem é quebrada em glicose, a forma de açúcar no sangue. Glicose é a principal fonte de energia para o corpo. Depois da digestão, a glicose passa para a corrente sanguínea, onde é usada por células para crescimento e energia. Para a glicose entrar nas células é preciso que insulina esteja presente. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, uma glândula atrás do estômago.

Doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina, que leva a sintomas agudos e a complicações crônicas características.

O distúrbio envolve o metabolismo da glicose, das gorduras e das proteínas e tem graves conseqüências tanto quando surge rapidamente como quando se instala lentamente. Nos dias atuais se constitui em problema de saúde pública pelo número de pessoas que apresentam a doença, principalmente no Brasil.

Tipos de diabetes

Os três principais tipos de diabetes são:
* Diabetes tipo 1.
* Diabetes tipo 2.
* Diabetes gestacional.

Diabetes tipo 1

A diabetes tipo 1 é uma doença auto-imune, a qual ocorre quando o sistema imunológico do organismo - que luta contra infecções - vira-se contra uma parte do corpo. Na diabetes tipo 1 o sistema imunológico ataca e destrói as células beta no pâncreas que produzem insulina. Desta forma, o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. Uma pessoa com diabetes tipo 1 precisa tomar insulina diariamente para viver. Os sintomas da diabetes tipo 1 geralmente desenvolvem-se em um período curto de tempo, embora a destruição das células beta possa começar anos antes. Sintomas da diabetes tipo 1 podem incluir sede, urinar freqüentemente, fome constante, perda de peso, visão turva, e fadiga extrema.

Diabetes tipo 2

A forma mais comum de diabetes é a tipo 2. Em torno de 90 a 95% das pessoas com diabetes tem a tipo 2. Essa forma de diabetes é mais freqüentemente associada com envelhecimento, obesidade, histórico familiar, histórico de diabetes gestacional prévia, e sedentarismo. Em torno de 80% das pessoas com diabetes tipo 2 está acima do peso. 

Quando a diabetes tipo 2 é diagnosticada, o pâncreas geralmente está produzindo insulina suficiente, mas por razões desconhecidas o corpo não pode usar a insulina eficientemente, uma condição médica chamada resistência à insulina. Depois de muitos anos a produção de insulina diminui. O resultado é o mesmo da diabetes tipo 1 - glicose se acumula no sangue e o corpo não consegue fazer uso eficiente da sua principal fonte de combustível.

Os sintomas da diabetes tipo 2 se desenvolvem gradualmente e podem incluir fadiga, urinar freqüentemente, sede, fome constante, perda de peso, visão turva, e cicatrização lenta de feridas. Algumas pessoas não apresentam sintomas.

Diabetes gestacional

Algumas pessoas desenvolvem diabetes gestacional no final da gravidez. Embora essa forma de diabetes geralmente desapareça depois do parto, mulheres que tiveram diabetes gestacional têm 40 a 60% de chances de desenvolver diabetes tipo 2 dentro de 5 a 10 anos. Manter um peso corporal razoável e ser fisicamente ativa pode ajudar a prevenir o desenvolvimento da diabetes tipo 2. A diabetes gestacional é causada pelos hormônios da gravidez ou insuficiência de insulina. Mulheres com diabetes gestacional podem não apresentar nenhum sintoma.

Diagnóstico da diabetes

O teste sanguíneo de glicemia em jejum é o preferido para diagnosticar diabetes em crianças e adultos que não sejam mulheres grávidas. O teste é mais preciso quando feito pela manhã. Porém, o diagnóstico para diabetes pode ser feito por qualquer um dos testes seguintes, confirmados por novo teste em dia diferente:
* Nível de glicose no sangue de 126 mg/dL ou maior depois de 8 horas de jejum.
* Nível de glicose no sangue de 200 mg/dL ou maior 2 horas depois de beber líquido contendo 75 gramas de glicose dissolvida em água. Esse é chamado teste oral de tolerância à glicose.
* Nível de glicose no sangue de 200 mg/dL ou maior feito em qualquer hora do dia, em conjunto com presença de sintomas de diabetes.

Para mulheres grávidas, uma vez que os níveis de glicose são normalmente menores durante a gravidez, o padrões de referência também são menores: 95 mg/dL em jejum, 180 mg/dL um hora após ingerir líquido contendo 75 gramas de glicose dissolvida em água, 155 mg/dL duas horas depois e 140 mg/dL três horas depois.

Pré-diabetes

Pessoas com pré-diabetes têm níveis de glicose maiores que o normal, porém não tanto para serem diagnosticas com diabetes. Essa condição médica eleva o risco de desenvolver diabetes tipo 2, doença cardíaca e derrame. A boa notícia é que pessoas com pré-diabetes podem fazer muito para prevenir ou retardar o aparecimento de diabetes. Estudo têm mostrado claramente que pessoas podem diminuir o risco de desenvolver diabetes ao perder de e 5 a 7% do peso corporal através de dieta e atividade física.

Tratamento e controle da diabetes

Hoje em dia as terapias básicas para tratamento e controle da diabetes são alimentação saudável, atividade física e tomar insulina. A quantidade de insulina deve ser equilibrada com a ingestão de alimentos e atividades diárias. Os níveis de glicose devem se monitorados de perto através de freqüentes testes da glicose no sangue.

Alimentação saudável, atividade física e testes de glicose no sangue são os instrumentos básicos de controle para diabetes tipo 2. Adicionalmente, muitas pessoas com diabetes tipo 2 precisam de um ou mais medicamentos para a doença.

Adultos com diabetes têm maior risco para doenças cardiovasculares. Desta forma, controlar a diabetes é mais do que manter os níveis de glicose sob controle, também é importante controlar a pressão sanguínea e níveis de colesterol. O objetivo do tratamento para diabetes é manter os níveis de glicose no sangue, pressão sanguínea e colesterol o mais perto possível do normal.

Como se desenvolve?

Conforme pode ser observado no item acima (formas clínicas), são várias as causas do DM.

No DM tipo I, a causa básica é uma doença auto-imune que lesa irreversivelmente as células pancreáticas produtoras de insulina (células beta). Assim sendo, nos primeiros meses após o início da doença, são detectados no sangue dos pacientes, diversos anticorpos sendo os mais importantes o anticorpo anti-ilhota pancreática, o anticorpo contra enzimas das células beta (anticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico - antiGAD, por exemplo) e anticorpos anti-insulina.

No DM tipo II, ocorrem diversos mecanismos de resistência a ação da insulina, sendo o principal deles a obesidade, que está presente na maioria dos pacientes.

Nos pacientes com outras formas de DM, o que ocorre em geral é uma lesão anatômica do pâncreas, decorrente de diversas agressões tóxicas seja por álcool, drogas, medicamentos ou infecções, entre outras.

O que se sente ?

Os sintomas do DM são decorrentes do aumento da glicemia e das complicações crônicas que se desenvolvem a longo prazo.

Os sintomas do aumento da glicemia são:

 

sede excessiva
aumento do volume da urina,
aumento do número de micções
surgimento do hábito de urinar à noite
fadiga, fraqueza, tonturas
visão borrada
aumento de apetite
perda de peso.

Os sintomas das complicações envolvem queixas visuais, cardíacas, circulatórias, digestivas, renais, urinárias, neurológicas, dermatológicas e ortopédicas, entre outras.

Sintomas visuais:

O paciente com DM descompensado apresenta visão borrada e dificuldade de refração. As complicações a longo prazo envolvem diminuição da acuidade visual e visão turva que podem estar associadas a catarata ou a alterações retinianas denominadas retinopatia diabética. A retinopatia diabética pode levar ao envolvimento importante da retina causando inclusive descolamento de retina, hemorragia vítrea e cegueira.

Sintomas cardíacos:

Pacientes diabéticos apresentam uma maior prevalência de hipertensão arterial, obesidade e alterações de gorduras. Por estes motivos e, principalmente se houver tabagismo associado, pode ocorrer doença cardíaca. A doença cardíaca pode envolver as coronárias, o músculo cardíaco e o sistema de condução dos estímulos elétricos do coração. Como o paciente apresenta em geral também algum grau de alteração dos nervos do coração, as alterações cardíacas podem não provocar nenhum sintoma, sendo descobertas apenas na presença de sintomas mais graves como o infarto do miocárdio, a insuficiência cardíaca e as arritmias.

Sintomas circulatórios:

Os mesmos fatores que se associam a outras complicações tornam mais freqüentes as alterações circulatórias que se manifestam por arteriosclerose de diversos vasos sangüíneos. São freqüentes as complicações que obstruem vasos importantes como as carótidas, a aorta, as artérias ilíacas, e diversas outras de extremidades. Essas alterações são particularmente importantes nos membros inferiores (pernas e pés), levando a um conjunto de alterações que compõem o "pé diabético". O "pé diabético" envolve, além das alterações circulatórias, os nervos periféricos (neuropatia periférica), infecções fúngicas e bacterianas e úlceras de pressão. Estas alterações podem levar a amputação de membros inferiores, com grave comprometimento da qualidade de vida.

Sintomas digestivos:

Pacientes diabéticos podem apresentar comprometimento da inervação do tubo digestivo, com diminuição de sua movimentação, principalmente em nível de estômago e intestino grosso. Estas alterações podem provocar sintomas de distensão abdominal e vômitos com resíduos alimentares e diarréia. A diarréia é caracteristicamente noturna, e ocorre sem dor abdominal significativa, freqüentemente associado com incapacidade para reter as fezes (incontinência fecal).

Sintomas renais:

O envolvimento dos rins no paciente diabético evolui lentamente e sem provocar sintomas. Os sintomas quando ocorrem em geral já significam uma perda de função renal significativa. Esses sintomas são: inchume nos pés (edema de membros inferiores), aumento da pressão arterial, anemia e perda de proteínas pela urina (proteinúria).

Sintomas urinários:

Pacientes diabéticos podem apresentar dificuldade para esvaziamento da bexiga em decorrência da perda de sua inervação (bexiga neurogênica). Essa alteração pode provocar perda de função renal e funcionar como fator de manutenção de infecção urinária. No homem, essa alteração pode se associar com dificuldades de ereção e impotência sexual, além de piorar sintomas relacionados com aumento de volume da próstata.

Sintomas neurológicos:

O envolvimento de nervos no paciente diabético pode provocar neurites agudas (paralisias agudas) nos nervos da face, dos olhos e das extremidades. Podem ocorrer também neurites crônicas que afetam os nervos dos membros superiores e inferiores, causando perda progressiva da sensibilidade vibratória, dolorosa, ao calor e ao toque. Essas alterações são o principal fator para o surgimento de modificações na posição articular e de pele que surgem na planta dos pés, podendo levar a formação de úlceras ("mal perfurante plantar"). Os sinais mais característicos da presença de neuropatia são a perda de sensibilidade em bota e luva, o surgimento de deformidades como a perda do arco plantar e as "mãos em prece" e as queixas de formigamentos e alternância de resfriamento e calorões nos pés e pernas, principalmente à noite.

Sintomas dermatológicos:

Pacientes diabéticos apresentam uma sensibilidade maior para infecções fúngicas de pele (tinha corporis, intertrigo) e de unhas (onicomicose). Nas regiões afetadas por neuropatia, ocorrem formações de placas de pele engrossada denominadas hiperceratoses, que podem ser a manifestação inicial do mal perfurante plantar.

Sintomas ortopédicos:

A perda de sensibilidade nas extremidades leva a uma série de deformidades como os pés planos, os dedos em garra, e a degeneração das articulações dos tornozelos ou joelhos ("Junta de Charcot").

Como o médico faz o diagnóstico ?

O diagnóstico pode ser presumido em pacientes que apresentam os sintomas e sinais clássicos da doença, que são: sede excessiva, aumento do volume e do número de micções (incluindo o surgimento do hábito de acordar a noite para urinar), fome excessiva e emagrecimento. Na medida em que um grande número de pessoas não chega a apresentar esses sintomas, durante um longo período de tempo, e já apresentam a doença, recomenda-se um diagnóstico precoce .

O diagnóstico laboratorial do Diabetes Mellitus é estabelecido pela medida da glicemia no soro ou plasma, após um jejum de 8 a 12 horas. Em decorrência do fato de que uma grande percentagem de pacientes com DM tipo II descobre sua doença muito tardiamente, já com graves complicações crônicas, tem se recomendado o diagnóstico precoce e o rastreamento da doença em várias situações. O rastreamento de toda a população é porém discutível.

Fatores de Risco para o Diabetes Mellitus

Existem situações nas quais estão presentes fatores de risco para o Diabetes Mellitus, conforme apresentado a seguir:

Idade maior ou igual a 45 anos
História Familiar de DM ( pais, filhos e irmãos)
Sedentarismo
HDL-c baixo ou triglicerídeos elevados
Hipertensão arterial
Doença coronariana
DM gestacional prévio
Filhos com peso maior do que 4 kg, abortos de repetição ou morte de filhos nos primeiros dias de vida
Uso de medicamentos que aumentam a glicose ( cortisonas, diuréticos tiazídicos e beta-bloqueadores)

Objetivos do Tratamento

Os objetivos do tratamento do DM são dirigidos para se obter uma glicemia normal tanto em jejum quanto no período pós-prandial, e controlar as alterações metabólicas associadas.

Tratamento

O tratamento do paciente com DM envolve sempre pelos menos 4 aspectos importantes:

Plano alimentar: É o ponto fundamental do tratamento de qualquer tipo de paciente diabético. O objetivo geral é o de auxiliar o indivíduo a fazer mudanças em seus hábitos alimentares, permitindo um controle metabólico adequado. Além disso, o tratamento nutricional deve contribuir para a normalização da glicemia, diminuir os fatores de risco cardiovascular, fornecer as calorias suficientes para manutenção de um peso saudável, prevenir as complicações agudas e crônicas e promover a saúde geral do paciente. Para atender esses objetivos a dieta deveria ser equilibrada como qualquer dieta de uma pessoa saudável normal, sendo individualizada de acordo com as particularidades de cada paciente incluindo idade, sexo, situação funcional, atividade física, doenças associadas e situação sócioeconômico-cultural.

Composição do plano alimentar

A composição da dieta deve incluir 50 a 60% de carboidratos, 30% de gorduras e 10 a 15% de proteínas. Os carboidratos devem ser preferencialmente complexos e ingeridos em 5 a 6 porções por dia. As gorduras devem incluir no máximo 10% de gorduras saturadas, o que significa que devem ser evitadas carnes gordas, embutidos, frituras, laticínios integrais, molhos e cremes ricos em gorduras e alimentos refogados ou temperados com excesso de óleo. As proteínas devem corresponder a 0,8 a 1,0 g/kg de peso ideal por dia, o que corresponde em geral a 2 porções de carne ao dia. Além disso, a alimentação deve ser rica em fibras, vitaminas e sais minerais, o que é obtido pelo consumo de 2 a 4 porções de frutas, 3 a 5 porções de hortaliças, e dando preferência a alimentos integrais. O uso habitual de bebidas alcoólicas não é recomendável, principalmente em pacientes obesos, com aumento de triglicerídeos e com mau controle metabólico. Em geral podem ser consumidos uma a duas vezes por semana, dois copos de vinho, uma lata de cerveja ou 40 ml de uísque, acompanhados de algum alimento, uma vez que o álcool pode induzir a queda de açúcar (hipoglicemia).

Atividade física: Todos os pacientes devem ser incentivados à pratica regular de atividade física, que pode ser uma caminhada de 30 a 40 minutos ou exercícios equivalentes. A orientação para o início de atividade física deve incluir uma avaliação médica adequada no sentido de avaliar a presença de neuropatias ou de alterações cardio-circulatórias que possam contra-indicar a atividade física ou provocar riscos adicionais ao paciente.
Medicamentos, Hipoglicemiantes orais: São medicamentos úteis para o controle de pacientes com DM tipo II, estando contraindicados nos pacientes com DM tipo I. Em pacientes obesos e hiperglicêmicos, em geral a medicação inicial pode ser a metformina, as sultoniluréias ou as tiazolidinedionas. A insulina é a medicação primordial para pacientes com DM tipo I, sendo também muito importante para os pacientes com DM tipo II que não responderam ao tratamento com hipoglicemiantes orais.
Rastreamento: O rastreamento, a detecção e o tratamento das complicações crônicas do DM deve ser sempre realizado conforme diversas recomendações. Essa abordagem está indicada após 5 anos do diagnóstico de DM tipo I, no momento do diagnóstico do DM tipo II, e a seguir anualmente. Esta investigação inclui o exame de fundo de olho com pupila dilatada, a microalbuminúria de 24 horas ou em amostra, a creatinina sérica e o teste de esforço. Uma adequada analise do perfil lipídico, a pesquisa da sensibilidade profunda dos pés deve ser realizada com mofilamento ou diapasão, e um exame completo dos pulsos periféricos dever ser realizada em cada consulta do paciente. Uma vez detectadas as complicações existem tratamentos específicos, os quais serão melhor detalhados em outros artigos desse site.

Como se previne ?

A prevenção do DM só pode ser realizada no tipo II e nas formas associadas a outras alterações pancreáticas. No DM tipo I, na medida em que o mesmo se desenvolve a partir de alterações auto-imunes, essas podem ser até mesmo identificadas antes do estado de aumento do açúcar no sangue. Esse diagnóstico precoce não pode ser confundido porém com prevenção, que ainda não é disponível.

No DM tipo II, na medida em que uma série de fatores de risco são bem conhecidos, pacientes que sejam portadores dessas alterações podem ser rastreados periodicamente e orientados a adotarem comportamentos e medidas que os retire do grupo de risco.

Assim é que pacientes com história familiar de DM, devem ser orientados a:

manter peso normal
praticar atividade física regular
não fumar
controlar a pressão arterial
evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas (cortisona, diuréticos tiazídicos)
Essas medidas, sendo adotadas precocemente, podem resultar no não aparecimento do DM em pessoa geneticamente predisposta, ou levar a um retardo importante no seu aparecimento e na severidade de suas complicações.